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quarta-feira, janeiro 09, 2008

Abertura e fechamento de ciclos



Olá! Espero que sua passagem de ano tenha sido legal e você esteja preparado para este 2008 'capricorniano'. Um ano dedicado a construir e reconstruir identidades, relacionamentos, tendo a compreensão que é necessário arcar com a modelagem do nosso viver, em ciclos que obedecem ao ritmo das estações. E nós como seres da natureza acompanhamos. Inútil crer que porque pensamos somos mais que o rio, ou o mar, ou os ventos, ou a flor. Somos natureza. Nossa responsabilidade é maior, porque não temos tudo programado - não temos instintos, temos impulsos. E estes impulsos são mediados pela mente. Para que ela funcione precisamos de água e outros nutrientes. Exemplo: tive uma aluna que andou faltando bastante às aulas de Psicologia Geral. Chegou a correr um boato que ela estava muito doente, e eu completamente consternada... Um dia ela chegou e foi falar comigo dizendo: 'Sabe, professora, chegamos a achar que eu tinha alguma coisa no cérebro, tive muito medo. Mas aí fui consultar um neurologista em Campinas!! Aí ele me perguntou se eu comia!...' Pois é, esta querida aluna não comia, sempre querendo emagrecer, esqueceu-se dos nutrientes. Esqueceu que era uma flor pensante.
Dedicação, perseverança, trabalho, são os lemas de Capricórnio. E eu, como reflito muito sobre lendas e mitos, fico a cismar... e compartilhar.
Coloquei acima uma foto da Grande Muralha da China, pensando novamente em ligações e sincronicidade. Para entender o raciocínio, sugiro que vá ao tópico Pontes - que está no arquivo do ano passado.
Muro e ponte são o mesmo, dependendo do êngulo do qual se olha. A Grande Muralha foi feita para proteger a China, e ela também a rodeia, aconchega,e serve de guia para as várias regiões deste lindo país. Costumo dizer que em cada ganho existe uma perda, e em cada perda há um ganho. A palavra japonesa para perda é 'muda'. Vamos fazer uma ponte para a psicologia...e para o portugues. Isto é falar em 'metáforas'.
Muda é a parte da planta que se planta em um local onde vai ficar em definitivo. Podemos então concluir que também para nós, quando há uma perda há uma muda e ela nos traz sempre que quisermos as lembranças do que foi perdido. E em sendo muda, podemos recriar o que foi perdido. Na verdade então não há perda, há mudas.
Muito confuso? pense em suas reparações, em seus descaminhos, em suas retomadas. A pessoa em sua estrada, feita de variados trechos e direções, aprende muita coisa e a tudo acessa para continuar vivendo. Esta atenção e esta flexibilidade são inerentes a nossa condição de seres viventes neste lindo planeta.
Repita comigo : minha vida é uma história se fazendo. ela não se decompõe, só se repõe.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi No!
Parabéns, continue a brindar seus leitores com essas reflexões sábias e gostosas de ler e aprender. Bjo, Vera

Citação

Jung: ...A vida nada mais é do que um hiato. O que fazemos dela, o sentido que damos para ela enquanto vivemos importa mais do que qualquer acúmulo de glória e riquezas materiais.