Procurando assunto sobre medo, encontrei um tópico interessante onde se comenta o uso do anti depressivo Pondera, cuja substancia é paroxetina (nome genérico para se pedir ao neuropsiquiatra) . Jornalista, o autor revela sua habilidade e talento ao dissertar sobre o assunto. Também chamou-me a atenção a quantidade de comentários ao tópico, vindos de leitores(as) solicitando esclarecimentos, postando suas dificuldades... Trabalhei com medo, raiva, tristeza e suas correlatas durante mais de 30 anos. A psicossomática é um campo vasto, e temos de ficar atentos as mudanças de humor, pois qualquer uma destas emoções, se desorganizadas, podem levar (eu escrevi - podem) a uma depressão e/ou somatizações (as emoções se refletem no funcionamento do organismo como um todo, e podem se ater a determinado(s) órgão (s) provocando uma manifestação física). Gosto sempre de esclarecer que estes eventos são possibilidades, não certezas (quando se fala em doença é preciso deixar isto bem claro). Outra questão informativa é: Até que ponto a disfunção é psicológica? Recebi muitos pacientes oriundos de várias especialidades médicas ( agradeço a quem confiou a mim estas pessoas) com solicitação de psicoterapia, porque - as alergias, dores de cabeça, dores na coluna, pressão alta, obesidade, anorexia - etc - seriam psicológicas. Acredito que os (as) médicos (as) disseram: 'o fundo destas disfunção é psicológico' e as pessoas entenderam que 'a doença era psicológica'. O mecanismo de adaptação do indivíduo se baseia em cérebro, endocrinologia e mente. Um não é mais importante que o outro, todos os tres interagem de forma harmônica. Se há qualquer alteração em qualquer um dos 3, os outros sofrem, são espaços afins, sincrônicos. Compartilham de uma situação complicada. Este conceito é da Universidade de Harvard (1964, acredito), quando se uniram para estudar o comportamento: um neuropsiquiatra, um psicólogo e um endocrinologista, criando o conceito de Medicina do Comportamento *. Atualmente a medicina é integrativa, e a equipe multidisciplinar. Quem se serve da saúde pública e privada conhece o caminhar entre consultórios de várias especialidades. Com isto chega-se a um diagnóstico certeiro. Certamente por este motivo recebi e encaminhei pacientes - de e para outras - especialidades clínicas da saúde. Buscando sempre a avaliação e acompanhamento compartilhados destas áreas, divergindo, concordando, mas principalmente querendo o diálogo e colaboração.
Clique para ponderar (utilizando o trocadilho do Reporter das Coisas).
Post complementar: o sentido do tempo
Nota: a menção a universidade de Harvard, e o tripé da adaptação humana veio de discussão clínica com um destes médicos com quem mantenho diálogo clínico desde muitos anos: Dr. Antonio Carlos Giampietro - Campinas - SP.
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