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sexta-feira, junho 27, 2008

Príncipes & Sapos

Todos nascemos príncipes ou princesas felizes, com potencial para crescer e desenvolver-se de forma a realizar-se enquanto ser de desejo. Entretanto, cada cultura tem suas crenças, e nas adaptações necessárias para a vida de relação, podemos nos perder de nós mesmos, e perder o poder pessoal,e nossa auto estima. Assim criam-se nossas defesas. Neste tópico falaremos dos papéis que vivemos na vida, e como as defesas podem nos atrapalhar com crenças errôneas, dando as vezes a impressão do que não somos.
O assunto que apresento aqui é referente ao instrumento Triângulo Dramático, da Análise Transacional.

As pessoas trabalham suas vidas como se fosse um roteiro de teatro, e conforme suas necessidades, pensam e comportam-se dentro de alguns padrões. O triângulo dramático é uma forma de lidar com as pessoas de forma confortável para quem o faz. O termo vem da tragédia grega, onde nas relações havia sempre um Perseguidor, Um Salvador e uma Vítima. Por exemplo, em Édipo Rei, de Sófocles, Édipo foi vítima inconsciente de seu próprio destino. Tirésias, o sábio, seu salvador, ou aconselhador, assim como os oráculos que Édipo consultava em sua vida. Perseguidores : o Destino, o pai. Repetimos os papéis e andamos por todos eles, durante os dias. A cristalização dos papéis no triangulo dramático se dá por preferência. Costumam-se usar em grupos tanto familiares como empresariais, os exercícios referentes ao triangulo dramático de Steve Karpmann (Eric Berne Awards - http://www.itaa-net.org). Então um subordinado tímido que poderia ser entendido como 'Vítima', na verdade, inconscientemente, chega a acumular ressentimentos por sentir-se incompetente. É uma fantasia, e ele pode projetar no chefe este ressentimento, colocando-o como 'perseguidor'. O chefe por sua vez, por ter uma posição de liderança comumente assume uma forma de agir diretiva, podendo ser ou não crítica. Assim, temos que pesquisar sempre que alguém define seu chefe como 'crítico, exigente, grosso', porque pode ser uma projeção. Na prática parecem duas pessoas se digladiando, e claro, sempre vem aquela pessoa que costuma 'apaziguar' e no final o 'colocar panos quentes' vira 'incrementar o calor', porque o Salvador inconscientemente necessita de 'resgatar almas perdidas'. Se este 'lero-lero' continua, está formado o triangulo dramático e sobrevive. Para se tornar um jogo é necessário que as pessoas mudem de papéis. Por exemplo, no caso citado: o funcionário é consolado pela pessoa que está no papel de Salvador, digamos José. O chefe pode sentir-se injustiçado e passar para Vítima. E assim instala-se o jogo. Continuando até o final: Nesta hora o funcionário torna-se Perseguidor, José apaziguador foi para vítima por ter falhado na tentativa, e as 3 pessoas (é sempre o grupo que está envolvido) ficam magoadas, o funcionário justificando sua crença de que 'a culpa é do outro', o chefe sua crença 'ninguém me entende' e José acreditando que é super importante .
As opções para uma vida psicológica saudável seriam:
1. Aprender a dizer não e só dizer sim quando realmente assim o desejar transformam o Salvador em uma pessoa preocupada também com as próprias necessidades.
2. Aceitar o outro como é transformam o Perseguidor em uma pessoa de agradável convivência.
3. Pensar e agir segundo si mesmo transformam a provável Vítima da própria vida em uma pessoa responsável e assumida.

Boa sorte! E boas opções!

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Citação

Jung: ...A vida nada mais é do que um hiato. O que fazemos dela, o sentido que damos para ela enquanto vivemos importa mais do que qualquer acúmulo de glória e riquezas materiais.